
A saúde mental tem se tornado uma das principais preocupações globais, especialmente entre crianças e adolescentes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 14% dos jovens entre 10 e 19 anos sofrem com algum tipo de transtorno mental. Esses números refletem uma realidade alarmante e colocam a ansiedade e a depressão entre os maiores desafios para essa geração.
O Impacto da ansiedade e depressão nos jovens brasileiros
Estudos indicam que 15% da população global entre 15 e 29 anos sofre de transtornos como ansiedade e depressão, sendo que esses problemas de saúde mental são a segunda principal causa de morte entre os jovens. Segundo informações reunidas pela Folha de São Paulo, no Brasil, os índices de ansiedade nessa faixa etária já ultrapassam os dos adultos, o que aumenta o risco de suicídio entre adolescentes.
Saúde mental em Belo Horizonte: A realidade dos Jovens Aprendizes

Em Belo Horizonte, uma pesquisa conduzida pela Fundação CDL-BH em 2023 com 510 jovens aprendizes revelou dados preocupantes. Mais da metade dos entrevistados, 50,4%, avaliou sua saúde mental como regular ou ruim. Além disso, 38,2% dos jovens relataram sentir tristeza ou desânimo com frequência, enquanto 52,5% afirmaram que se sentiam exaustos e desmotivados no último mês. Esses números destacam a urgência de promover ações voltadas para o bem-estar mental entre adolescentes e jovens adultos.
Mudando esse cenário: Prevenção e conscientização
Em setembro, durante o mês de prevenção ao suicídio, a Fundação CDL-BH promoveu uma série de atividades voltadas para a valorização da vida e o fortalecimento da saúde mental dos jovens.
Especialistas, como o psiquiatra Rodrigo Bressan em entrevista para o jornal Nexo, alertam que o tempo excessivo em plataformas , principalmente durante a madrugada, tem prejudicado a qualidade do sono e a concentração dos jovens. Esse comportamento intensifica os sintomas de ansiedade e depressão, tornando ainda mais importante a conscientização sobre o uso equilibrado das tecnologias.
”As redes sociais já são uma realidade mais do que presente na juventude. Para acessar os jovens com efetividade, precisamos falar a mesma língua que eles, então nossa proposta é ressignificar o uso das redes sociais, para promover maior adesão e alcance no processo de conscientização sobre a Saúde Mental”
Camila Medeiros, Psicóloga da Fundação CDL-BH
Porém, a ferramenta pode ser usada para outras finalidades, inclusive para a conscientização sobre o tema. Pensando nisso, a Fundação CDL-BH durante a campanha do Setembro Amarelo promoveu uma atividade para os Jovens Aprendizes do Programa Educação e Trabalho (PET) com a finalidade de utilizar o TikTok como um aliado na conscientização sobre saúde mental.
As turmas foram desafiadas a criar vídeos abordando questões importantes, o que gerou uma rica produção de conteúdo criativo e informativo. Esses vídeos refletem a sensibilidade e o comprometimento dos jovens com a causa, além de divulgar canais de atendimento, como o CVV (Centro de Valorização da Vida), para apoio em casos de crises emocionais.
No dia 26 de setembro, os vídeos criados pelos aprendizes foram exibidos em um evento realizado no auditório do Ministério do Trabalho de Minas Gerais. Além das exibições, houve apresentações musicais realizadas pelos próprios jovens, tornando o evento ainda mais especial. Confira o conteúdo produzido por nossos jovens:
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Promover o diálogo e conscientizar os jovens sobre ansiedade, depressão e outros transtornos mentais é fundamental para construir uma sociedade mais saudável e inclusiva. A Fundação CDL-BH, ao proporcionar um espaço de expressão criativa e apoio emocional, busca contribuir com a melhora desse cenário e reafirmar seu papel como agente de transformação.
Veja mais sobre as ações do Setembro Amarelo na Fundação CDL-BH